Capítulo 7
Por ironia do destino, nós trabalhávamos próximas uma da outra e constantemente íamos embora juntas e naquele dia não foi diferente. Eu estava encafifada com o papo da noite anterior e quando o Jorge ia me deixar em casa conversamos a respeito. Sabe o lance de curiosidade, sei lá, um tipo de tara, fantasia, pois é, sempre tive a fantasia de saber como era transar com outra mulher.
Bingo!
Que atire a primeira pedra quem nunca teve um único pensamento libertino na vida, ainda mais hoje em dia que o que não falta são formas de encontrar sacanagem na net, na tv, nos canais por assinatura, revistas, dvds e por ai se vai.
Eu tinha curiosidade...
E homens, ah, esses eu sei que não tem unzinho que não tenha achado o máximo uma transa com duas gatas, isso é fato.
Mas, libertinagens à parte nunca fui uma maníaca sexual, aliás, sempre me achei uma gafe, um blefe, sei lá, lance de criação severa, mas tinha vontade ao menos de conhecer alguém que houvesse transado com outra garota só para eu poder fazer o meu questionário.
Bem, voltando. Eu e o Jorge chegamos a comentar sobre isso em nossas transas e coincidentemente chegamos a cogitar o nome da Maria Angélica, mas, nesse dia no carro, foi puramente uma brincadeira, um jogo ou sei lá o nome que querem colocar. Então o assunto ficou aberto, escancarado e a curiosidade triplicou, o tal “quem não arrisca não petisca”.
Na segunda quando íamos embora para casa o clima estava um tanto estranho, creio que era coisa da minha cabeça, mas passei o dia inteiro pensando em nossa conversinha animada e sugestiva no carro. Estávamos no metrô de sampa e de chofre lancei.
- Maria Angélica, sobre aquele assunto que brincamos ontem no carro, lembra? Do lance de irmos pro motel e você estar junto.
Ela me olhou nos olhos.
- Sim, lembro.
- Bem, nós não estávamos brincando.
Ela manteve o olhar e respondeu.
- Nem eu.
Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!
Morram de inveja...
Nem eu, caracas, nem eu.
~*~*~
Depois desse dia essa frase ficou rodando em minha, em nossa cabeça, acabamos por combinar um dia para o tal grande encontro que aconteceu numa noite fria de junho, o Jorge já havia pesquisado o motel que aceitava três pessoas, aliás, saiba que é uma tremenda máfia. Alguns cobram duas suítes, outros cobram uma e meia e outros ousam não permitir. Saibam que por mais que esteja registrado na recepção que serão três pessoas você sempre terá que pedir mais uma toalha, mais um travesseiro, um horror.
Mas, não estávamos nem aí para o horror e politicagem dos motéis.
Estávamos tensos?
ESTÁVAMOS UMA PILHA...
Queríamos transar...
Quando estávamos entrando no motel um carro cheio de homens parou ao nosso lado, e vocês tinham que ver a cara dos infelizes quando nos viram entrar os três no motel, teve um que grudou a cara no vidro, ficaram de queixo caído e nós gargalhamos até, o Jorge sentiu-se “O Todo Poderoso”.
E era mesmo.
Valeu para descontrair a tensão do momento.
Entramos numa suíte linda com hidromassagem, para relaxar abrimos uma garrafa de champagne e enquanto entrávamos na hidromassagem creio que o motel em peso estava em alvoroço falando do cara que entrou com duas garotas, imaginem a curiosidade.
Nunca fomos de beber e a champagne logo fez efeito, é claro que estávamos os três em trajes íntimos, ninguém teve coragem de ficar peladão, quer dizer, falo isso por mim e pela Maria Angélica, o Jorge? Ah! Ele é um descarado como todos os homens e estava já a fim de jogar a cueca longe.
Fomos para a cama.
Acreditem estava a fim de cair de boca na Maria Angélica, estava me desconhecendo ou me conhecendo melhor.
Sexo com o Jorge sempre foi uma droga, imaginava que o erro estava em mim, cheguei muitas vezes a me culpar.
A Maria Agélica estava tímida e só ria. Tive então a idéia de vendar-lhe os olhos, aos poucos eu e o Jorge fomos tirando sua lingerie tão linda.
Sentei na cama com as costas na cabeceira, puxei-a para que ficasse entre as minhas pernas, fui afastando gentilmente suas pernas para que Jorge pudesse penetrá-la.
Não senti ciúmes, senti um fogo imenso. No fim, ela arrancou a venda e a transa seguiu o curso dos amantes, já não importava mais a vergonha, nos beijamos longamente e desde então nunca mais esqueci o gosto de seus lábios. Foi uma noite de sonhos, voltamos cada um para nossas casas de alma lavada, leves, soltos e literalmente e indiscutivelmente apaixonados.
Desde este dia Maria Angélica passou a ser “Angel”...
Os anjos disseram amém...
Ufa!
quarta-feira, 2 de junho de 2010
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